Pretende-se que este projeto seja uma mais-valia na formação pessoal e social dos alunos, uma vez que procura promover um espírito de pertença e uma cultura desportiva. Espera-se também que proporcione momentos de convívio, experiências e vivências únicas, bem como o desenvolvimento de valores e atitudes associadas ao desporto.
Carlos Neto, professor Catedrático, investigador na Faculdade de Motricidade Humana fala-nos da importância do Brincar no desenvolvimento da criança, dando espaço e tempo à brincadeira porque, “brincar é estruturante”. Segundo o mesmo autor a escola não pode ser um local onde tudo está previsto. Na escola tem de existir incerteza, inovação porque existe risco. Numa escola a funcionar desta forma mais inteligente, as crianças vão ter o prazer de acordar todos os dias de manhã com vontade de ir à escola (Neto, 2020). O brincar, além de ser um direito da criança (ONU, 1989), tem um papel fundamental no processo de socialização da mesma. Tal como Moyles (2002) refere, “isso certamente é uma razão suficiente para valorizar o brincar”.
A Educação Física (EF), embora tenha vindo a ser constantemente encarada como uma área de segunda linha nos currículos escolares, pode ajudar no desenvolvimento de competências autorregulatórias nas crianças (Avila, Frison & Simão, 2016). Efetivamente, não será possível obtermos um adequado processo de educação onde a dissociação entre corpo e mente estiver presente. Esta ideia é reforçada por Le Boulch (citado por Magalhães, Godoy & Kobal, 2007), ao afirmar que, ainda que a EF venha recebendo um papel secundário na educação, os estudos apontam que é impossível educar integralmente sem se ter em conta o ato motor. Neste sentido, Vargas (citado por Rolim, 2004) refere que o corpo também é parte integrante do ato educativo, sendo também capaz de receber e transmitir o conhecimento. Também para Rolim (2004), a educação do corpo promove o desenvolvimento integral nas crianças em todos os seus aspetos, quer cultural e social bem como, principalmente, cognitivo.
Daqui depreendemos que um cuidado com a educação corporal fomentará, sem dúvida, uma melhor adaptação social e terá também repercussões positivas nas aprendizagens cognitivas, ou seja, uma adequada ligação entre corpo e mente será preponderante no desenvolvimento de qualquer indivíduo. É este o papel fundamental da EF e deste projeto “Super Turma”: educar o corpo de forma correta para que se possa estar melhor preparado para as aprendizagens, bem como para um relacionamento com o meio e, consequentemente, com os outros. Tal como nos indicam Betti e Zuliani (2002), a atividade física deve assumir a tarefa de introduzir e integrar a criança na cultura corporal, formando-a como um cidadão capaz de usufruir do jogo e das práticas de atividade física em benefício da qualidade de vida.
Além dos benefícios supracitados para a formação global dos alunos, este projeto tem também uma contribuição importante para atingir as linhas orientadoras do Projeto Educativo do Colégio:
Por fim, este projeto vai ao encontro do Projeto Escola que visa “situações de aprendizagem, promovendo a interdisciplinaridade e a ligação entre as várias turmas de todo o Colégio. O Projeto Escola é, pois, aglutinador, integrado nas aprendizagens e expressa a verticalidade que assegura e estabelece relação entre os diferentes níveis de ensino”.
O projeto “Super turma” conta dar respostas a metas presentes no Projeto Educativo e de Escola, procurando desenvolver a educação dos alunos para a cidadania e prepará-los para a vida ativa, valorizando os seus sucessos, sobretudo o escolar.
Fair Play - Cooperação - Solidariedade - Espírito de Equipa
Os alunos do 1º e 2º Ano irão ter a possibilidade de participar nos mesmos torneios, mas com caráter mais lúdico e recreativo, não contando para este projeto da “Super Turma”.
As turmas de 3º e 4º ano serão integradas no projeto, mas com adaptação a nível regulamentar que os diferencia do 2º e 3º ciclos.