Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a planificação da Festa de Natal começa apenas em Novembro.
Claro que a ideia principal, o embrião, já está mais ou menos pensado. Mas antes de avançar, é preciso ver se, da parte do CCB está tudo ok, se é possível realizar o que está inicialmente pensado em termos de palco, projeção, luz, som, entre outros, uma vez que o auditório não é uma sala de teatro, mas de espetáculos, e tem as suas condicionantes.
Após a reunião preparatória com a equipa técnica, é preciso pensar no esquema de entradas e no guião. A história, o fio condutor, deve ter em conta não só a mensagem de Natal, mas quadros/cenas para todos os anos do Colégio, priorizando o trabalho colaborativo entre os alunos mais velhos e os mais novos, numa aprendizagem de responsabilidade e cooperação, distinguindo as crianças/jovens como os verdadeiros artistas desta Festa única.
Depois, tudo se faz em rede, reunindo com todas as partes: os vídeos, os adereços, as músicas, as coreografias, as ideias, mas também a logística, o transporte, os bilhetes, os lanches, as saídas, as extracurriculares...Todos dão o seu contributo.
Os quinze dias antecedentes são uma loucura. Cada ano realiza cerca de três ensaios no ginásio. Quando necessário, há mais um para afinar pormenores.
O 9º ano, que teve aulas de teatro no 8º, fica responsável pelo texto e pela coordenação de palco e ensaiam todos os dias à hora do almoço. Estes jovens são verdadeiros heróis porque esta festa é um "trapézio sem rede", só tem um "take", sem hipótese de repetir.
O puzzle só toma forma no dia anterior à festa, quando juntamos todos os quadros no palco do CCB. Porém, só percebemos se realmente tudo funciona no ensaio geral, que decorre no próprio dia, com a junção dos adereços, da imagem e da luz.
A Festa é assim, feita de entusiasmo, mas sobretudo de muita alegria e muito amor. E é sempre inesquecível!
Por Cristina Salvador